O corpo doi, a alma grita, a cabeça voa para um passado
recente que de tanto me fazer feliz, me faz, hoje, chorar… As lágrimas
queimam-me o rosto no compasso certo em que arde também o coração em chamas
ateadas pela tua ausência. Mentiram-me… disseram-me que o tempo curaria a dor e
diminuiria a sensação de vazio. Mentiram-me, o vazio aumenta a cada dia,
alastrando-se para um espaço cada vez maior, que nunca foi de ninguém e que não
quiseste para ti… Desespero é a palavra que me ocorre para descrever a ausência
de futuro que me ofereceste
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