Saudades do futuro construído de sólidas incertezas,
de vãos momentos, de rostos, vontades, medos, desejos…
Saudades do condão que entrego à vida, tornando-me
escravo dos seus caprichos, criado silencioso das suas vontades, espectador
inerte em todos os palcos.
Saudades do futuro que se esgotou, por tê-lo vivido,
sentido, concretizado.
Saudades desse desconhecido momento em que deposito
tudo o que existe em mim, fora de mim, ao meu redor e me invade, como ar que
inspiro e me faz sentir, sorrir, viver…
Não é o passado que me dói, não são as memórias que me
revisitam, não são âncoras que me prendem.
Não é do presente que fujo, não é hoje que me
aterroriza, não é este agora, ainda que cheio de nada, que me sufoca o grito na
garganta.
Não é o desconhecido, nem o escuro, nem a ilusão, nem
o medo…
Não é nada, senão o futuro!
O futuro de que me falam, e eu não escuto.
O futuro que sei existir, mas não vejo.
O futuro que creio, mas não sinto.
O futuro… nessa forma de saudade.
Lindo amigo!!! Há realmente momentos na vida que temos saudade do futuro... assim como descreves-te tão bem! Mas um dia o futuro bate à tua porta!
ResponderEliminarVIDA
Milton Nascimento
"O amor bateu na porta
Eu de dentro respondi
Minha casa é aberta
Pode entrar, estou aqui
O rio passava seus peixes
No fundo do meu quintal
Meu pai me olhava sorrindo
Minha mãe e meus irmãos
O amor bateu de novo
Eu de novo respondi
Entre que a casa é sua
Eu só quero é ser feliz
A lua trazia no vento
Meus filhos e minha mulher
Amigos chegavam dizendo
Que a vida é isso aí..."
:) tão lindo... beijoooo
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