domingo, 7 de outubro de 2012

"Para sempre..."


Não há “para sempre” como o que se sente e vive hoje. "Para sempre" é hoje, é presente e tem, no futuro, apenas a semântica das palavras.

É hoje que amamos, é hoje que desejamos, é hoje que queremos, é hoje que vivemos, é hoje que queremos que o tempo pare e perpetue tudo o que nos provoca a intensidade de querer “para sempre”.

“Para sempre” tem, nas palavras, uma perspectiva de fim que não sentimos quando desejamos que seja “para sempre… “

Não desejamos que acabe o que é bom, não queremos mudar o que sentimos que está bem, e isso… não é futuro, é presente.

Não é em fim que pensamos quando nos assalta, sem pedir licença, o pulsar do coração, o frio na barriga, a respiração ofegante, a falta de ar…

Não é a imagem do fim que nos assalta, nos enamorados momentos de felicidade, mas a de começo, de caminho, de construção.

A intensidade de querer “para sempre” ocupa-nos e preenche-nos demasiado, para nos preocuparmos com o amanhã… é aquilo nos oferecem hoje que queremos manter, em nós… não num futuro que desconhecemos, mas neste “agora” que vivemos e queremos viver.

“Para sempre” é a felicidade que nos invade agora, no gesto, no sorriso, no cheiro, no beijo, no olhar…

“Para sempre” é sentir e querer sentir mais…

“Para sempre” não é tempo… é sentimento…

Sem comentários:

Enviar um comentário