Não há “para sempre” como o que se sente e vive hoje. "Para
sempre" é hoje, é presente e tem, no futuro, apenas a semântica das palavras.
É hoje que amamos, é hoje que desejamos, é hoje que
queremos, é hoje que vivemos, é hoje que queremos que o tempo pare e perpetue
tudo o que nos provoca a intensidade de querer “para sempre”.
“Para sempre” tem, nas palavras, uma perspectiva de fim que
não sentimos quando desejamos que seja “para sempre… “
Não desejamos que acabe o que é bom, não queremos mudar o
que sentimos que está bem, e isso… não é futuro, é presente.
Não é em fim que pensamos quando nos assalta, sem pedir
licença, o pulsar do coração, o frio na barriga, a respiração ofegante, a falta
de ar…
Não é a imagem do fim que nos assalta, nos enamorados
momentos de felicidade, mas a de começo, de caminho, de construção.
A intensidade de querer “para sempre” ocupa-nos e
preenche-nos demasiado, para nos preocuparmos com o amanhã… é aquilo nos oferecem
hoje que queremos manter, em nós… não num futuro que desconhecemos, mas neste “agora”
que vivemos e queremos viver.
“Para sempre” é a felicidade que nos invade agora, no gesto,
no sorriso, no cheiro, no beijo, no olhar…
“Para sempre” é sentir e querer sentir mais…
“Para sempre” não é tempo… é sentimento…
Sem comentários:
Enviar um comentário